Textos

Link postado pela Prof. Carol para as aulas de Química - 20/02/14

Instruções: Cole o endereço abaixo no seu browser e acesse o arquivo. 

http://www.4shared.com/file/jpGm9BL8ba/trabalho_de_qumica_ENEM_1bim.html


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Texto para a Roda de Leitura - 3º Bimestre
O Pensamento Mítico e o Folclore Brasileiro

Instruções: Cole o endereço abaixo no seu browser e acesse o arquivo. 
O Texto deverá ser  usado no dia 19/08, na segunda e terceira aulas.



http://www.4shared.com/office/j_oVM0Zq/Roda_de_Leitura_-_3Bimestre_-_.html?
http://www.4shared.com/office/j_oVM0Zq/Roda_de_Leitura_-_3Bimestre_-_.html
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Texto Postado pela Prof. Grace

Instruções: Cole o endereço abaixo no seu browser e acesse o arquivo. 

https://docs.google.com/file/d/1hpjSEIAEDPsxLy-nl8EW7lCgr2eOq_oMS0vj7IsiG7ORAfBQYQ-8uKWRzUtE/edit?usp=sharing


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Link postado pela Prof. Carol para as aulas de Química

Instruções: Cole o endereço abaixo no seu browser e acesse o arquivo. 
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=5j3NeAu-1MI

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Textos Para o Projeto Leitura - 2013
Tema: Mulher

Instruções: Cole o endereço abaixo no seu browser e acesse o arquivo. 
O Texto deverá ser  usado no dia 14/05, nas duas primeiras aulas.


  • Texto para os alunos do 1º Ano:


http://www.4shared.com/office/ilvduBN_/Caso_do_Vestido_ALUNOS.html


  • Texto para os alunos da 8ª Série:

http://www.4shared.com/office/cy9OyXGG/MATER_DOLOROSA_ALUNOS.html


  • Texto para os alunos do 2º e 3º anos:

http://www.4shared.com/office/Dn3M5tWi/Uns_Braos_ALUNOS.html




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Link postado pelo Prof. Weslay, de Filosofia

Regimento Escolar - Fragmento

https://docs.google.com/file/d/0B_TKWmJDkx9rcUcxZlczS0pJZWM/edit?usp=sharing



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Link postado pelo Prof. Francisco, de Sociologia

http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/article/view/1984-9222.2011v3n5p166/19017


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Texto Postado pela Prof. Cosmerina, na Disciplina de Língua Portuguesa



Bullying

 

            Utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, normalmente praticados e sofridos por adolescentes, o bullying se tornou uma das principais preocupações no ambiente escolar e familiar. É um fenômeno complexo, um ritual de poder no qual a pessoa agressiva explora a fragilidade da vítima.
            Na semana passada, em Porto Alegre, um garoto de 15 anos foi morto com um tiro no peito depois de ter reagido às frequentes chacotas a que era submetido.
            O autor confesso do crime foi outro garoto de 14 anos. O desfecho foi um dos mais trágicos, envolvendo humilhações intencionais e repetitivas já ocorridos no Estado.
             Às vezes o bullying se apresenta de forma tênue. São apelidos quanto a peso, raça, uso de óculos, por exemplo, que levam à exclusão
            Os casos de bullying geralmente são registrados dentro de instituições de ensino, porque elas concentram crianças e adolescentes, faixa etária mais propensa e suscetível ao problema. Entretanto, a intimação extrapola os limites das escolas (In ZH-Jornal do Vestibular- 19/05/2010)

             Baseado no texto acima, numa redação entre 25 e 30 linhas, você vai dissertar, respondendo à seguinte pergunta:

COMO COMBATER O BULLYING?

A lei e a justiça


          Ando cansada da loucura humana. Ando exausta de tanto cinismo, maldade perseguição aos homens de bem e impunidade aos pérfidos. Cansei do drama da juventude que, lúcida ou drogada, começa a roubar e a matar, às vezes com requintes de crueldade, aos 12 anos – pouco mais, pouco menos: se apanhados, nem todos poderão ser reintegrados na sociedade. Voltarão para novos crimes. Recentemente, aqui perto, um menino de 14 anos confessou na maior frieza, o assassinato de 17 pessoas. Se não houver alguma grave interferência, ele sairá em breve, para matar. Por ser menor de idade, como tantos assassinos iguais a ele, foi para uma dessas instituições de ressocialização nas quais não acredito. Logo estará livre para reiniciar com alegria sua atividade de assassino psicopata.
         Acredito firmemente que se deve reduzir a idade na qual alguém pode ser legalmente responsável por seus atos. Como nós, sociedade moderna, produzimos esse e outros dramas morais?
         Acusa-se pela criminalidade juvenil a família, que às vezes é apenas outra vítima, ou a “sociedade”, conceito vago que isenta de uma ação enérgica. Pouca é a vontade de mudar isso, que deveria começar com a educação em suas bases, mas o dinheiro e o esforço dedicados a isso têm sido irrisórios dentro do orçamento do país.
         Além do mais, nada adiantará se não cumprirmos o que deve estar em qualquer constituição: que a todo ser humano seja garantido tratamento digno e decente. Isso inclui as possíveis vítimas, que mereceriam uma sociedade menos violenta e autoridades mais eficazes, e de outro lado os criminosos, que deveriam ser submetidos a leis mais firmes e colocados em prisões decentes, onde possam trabalhar e produzir para o seu próprio sustento.
        Sou mais crédula do que cética. Quando menina, me disseram que, se a gente cavasse fundo no jardim, esse poço daria no Japão. Adulta, descobri que a vida tem outros poços, nem todos divertidos. Um deles parece não ter fim: o poço dos escândalos, da nossa desolação e dos nossos enganos. Do desinteresse e da má vontade. Do poder dos maus e da fragilidade dos bons. E aí nem lei nem tribunais supremos ou mínimos nos ajudarão, se ficarem apenas na letra escrita ou submetidos a jogos de poder.
      ”Um dia descobriremos que a senhora justiça era apenas um mito, que talvez tenha suas razões para não tirar a venda e finalmente olhar para nós, sociedade doente, que não usamos um pano diante dos olhos, mas enrolamos a alma numa cortina escura.” A lei nem sempre garante a justiça.”
  Baseado no texto acima, numa redação entre 25 a 30 linhas, você vai dissertar, respondendo a seguinte pergunta: 

Quais providências deveriam ser tomadas para melhorar a saúde da sociedade?




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ProfªCarol  -Química - 1ªsérie EM

Alquimia

 A palavra alquimia vem do árabe e quer dizer (AL-Khemy - A química). Podemos dizer que a alquimia é a mãe da química moderna. Ela envolvia a aplicação de métodos de produção e transformação de elementos, porém sem as técnicas científicas de comprovação.

Por causa de sua origem, a alquimia apresentou um caráter místico, pois absorveu as ciências ocultas da Mesopotâmia, Pérsia, Caldéia, Egito e Síria. Mais de dois mil anos antes do início da nossa era, os babilônios e os egípcios, procuravam obter ouro artificialmente, interessavam-se pela transformação dos metais em ouro. Nessa época, a prática da alquimia era realizada sob o mais absoluto dos segredos, pois era considerada uma ciência oculta. Os alquimistas usavam fórmulas e recitações mágicas, por isso muitos eram acusados de pacto com demônio, presos, excomungados e queimados vivos pela Inquisição da Igreja Católica.

As principais finalidades da Alquimia eram:

1- Transformar os metais chamados inferiores (principalmente o mercúrio e o chumbo) em ouro – “Pedra Filosofal”

2- Preparar uma “mistura” que cure as enfermidades humanas, conserve, devolva a juventude e prolongue a vida – Elixir da Longa Vida.


Por uma questão de sobrevivência, os manuscritos alquímicos foram elaborados em formas de poemas alegóricos incompreensíveis aos não iniciados. Além disso, os alquimistas preparavam o ácido nítrico, a água-régia (mistura de ácido nítrico e clorídrico), nitrato de prata, que produz ulcerações no tecido animal, e a potassa cáustica (hidróxido de potássio), que permitia a fabricação de sabões. O sucesso da alquimia na Europa se deve aos árabes que introduziram ideias místicas acompanhadas por avanços práticos no procedimento químico como a destilação e pela descoberta de novos metais e componentes.

A alquimia foi muito importante para o desenvolvimento da química atual, da tecnologia, das nossas vidas...

 A química não é nada mais do que a alquimia de alguns séculos atrás, só que com mais conhecimentos!





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ANO LETIVO: 2012


Química – Profª Caroline - 3ªsérie

Importância do CH4

 

 

O gás natural é composto pelos gases metano, etano, propano, butano e outros em menores quantidades. O gás natural é um combustível limpo, que exige muito pouco processamento. Embora o gás natural produza menos CO2 do que outros combustíveis fósseis, o próprio metano constitui um potente gás do efeito estufa. Por ser menos reativo do que outros hidrocarbonetos, possui longa vida atmosférica. Segundo Spiro e Stigliani (2009), uma molécula adicional de metano contribui aproximadamente 20 vezes mais para o efeito estufa do que uma molécula adicional de CO2. Consequentemente, os vazamentos de metano representam uma grave preocupação ambiental. Eles podem ocorrer durante as transferências e no uso final. O gás metano (CH4) tem fontes naturais e antropogênicas e é liberado como parte dos processos biológicos em ambientes com pouco oxigênio. Nos últimos anos, as atividades humanas, como a produção de alimentos e a criação de gado, contribuíram para aumentar a concentração atmosférica de CH4.
O metano se forma a partir da fermentação de resíduos orgânicos pela ação de bactérias, como a decomposição do lixo orgânico nos aterros sanitários, emissão de vulcões de lama, digestão de herbívoros, extração de combustível mineral, metabolismo de certas espécies bacterianas, o apodrecimento de vegetais nos pântanos (sendo por isso chamado de gás dos pântanos), entre outros processos. Por esse motivo, nos aterros sanitários são colocadas muitas “chaminés”, que atravessam as várias camadas de material, pelos quais escoam os gases formados pela fermentação do lixo. Através dos chamados biodigestores, o lixo é aproveitado para produção de gás natural. Nesses aparelhos, são colocados resíduos agrícolas, madeira, bagaço de cana-de-açúcar, dejetos animais, elementos que formam a chamada biomassa e cuja fermentação produz o biogás, uma mistura gasosa formada principalmente por metano. O biogás é usado como combustível em caldeiras, veículos e outros, e o resíduo formado no biodigestor é utilizado com fertilizante agrícola. Esse é um bom exemplo de aproveitamento racional da biomassa, uma vez que, além de produzir energia, reduz os prejuízos que o lixo oferece ao meio ambiente.
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TEXTO POSTADO PELA PROF. CAROL DISCIPLINA: QUÍMICA


Como as lagartixas ficam presas no teto de casas e nas paredes e não caem?

O que permite que as lagartixas desafiem a lei da gravidade e corram pelo teto da casa são as mesmas forças que atuam em uma ligação química.

Essas forças são chamadas de forças de Van der Waals, elas são responsáveis pela atração entre certas moléculas, como as do carbono, no grafite, e as dos gases em geral. sob certas condições, essas moléculas trocam elétrons e se atraem. A troca de elétrons entre a pata e a parede sustenta a lagartixa.

Quimicamente falando:

 As forças de Van der Waals (também conhecidas como forças de london, dipolo induzido e dipolo instantâneo) são forças intermoleculares formadas devido ao movimento da nuvem eletrônica e a consequente polarização das moléculas. As forças de Van der Waals são muito fracas e atuam apenas quando as moléculas estão bem próximas umas das outras. Em uma molécula apolar, em um instante se sua nuvem eletrônica estiver mais deslocada para um dos polos da molécula pode-se dizer que se formou um dipolo instantâneo que gerou uma pequena força intermolecular. Ou seja, por um pequeno espaço de tempo apareceram dois polos na molécula.

 As patas da largatixa têm, cada uma, cerca de dois milhões de pequenos vasos chamados setas. Cada seta possui na ponta centenas de espátulas de meio milésimo de milímetro. Em contato com uma superfície lisa, as espátulas provocam um deslocamento de elétrons que faz com que as moléculas da pata e as da parede se atraiam mutuamente.




é a Química sendo expandida...



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Ah, os desmandos da oralidade...Aprenda sobre alguns ditados populares



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Para exercitar a pontuação 
                  
A anedota é mais ou menos assim: um velho senhor, sentindo a proximidade da morte, resolveu escrever seu testamento. Pôs no papel a seguinte frase:

DEIXO OS MEUS BENS À MINHA IRMÃ NÃO PARA MEU SOBRINHO JAMAIS SERÁ PAGA A CONTA DO ALFAIATE NADA PARA OS POBRES

Antes que pudesse pontuá-la corretamente, dando-lhe sentido, puff! Morreu. O advogado encarregado do inventário convocou as pessoas citadas – a irmã, o sobrinho, o alfaiate e os pobres – na tentativa de decifrar o que o velho quisera dizer, e o resultado foi esse:

A irmã, muito espertamente, pontuou a frase da seguinte forma:
“Deixo os meus bens à minha irmã. Não para meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada para os pobres.”

O sobrinho, por sua vez, disse que a frase correta era:
“Deixo os meus bens à minha irmã? Não! Para o meu sobrinho! Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada para os pobres.”

Já o alfaiate, que não era bobo, pontuou a frase a seu favor:
“Deixo os meus bens à minha irmã? Não! Para meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada para os pobres.”

E os pobres, ah, esses resolveram rapidamente a questão, sentindo-se já os únicos herdeiros:
“Deixo os meus bens à minha irmã? Não! Para meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Para os pobres!”







Nasci assim, vou morrer assim

Martha Medeiros

    Uma das provas irrefutáveis de que estou prestes a virar um fóssil é que assisti à novela Gabriela, em 1975, e lembro até hoje da famosa cena em que Sonia Braga se arrasta feito uma lagartixa por cima de um telhado de Ilhéus, para assombro do seu Nacib. Outro dia, numa dessas retrospectivas tipo vale a pena ver de novo, reprisaram a cena, enquanto se ouvia a trilha sonora que virou hit: “Eu nasci assim, eu cresci assim, eu vivi assim, vou ser sempre assim, Gabriééééla”.

    Salve Dorival Caymmi, autor da letra, mas, cá entre nós, hoje em dia Gabriela seria forte candidata a algumas sessões de psicanálise, porque só pode ser teimosia crônica essa mania de nascer assim, crescer assim, viver assim e, mais grave, ser sempre assim. Por mais que “assim” seja bom, é muito assim pra pouco assado.

    Tenho uma amiga que é a última a sair dos encontros da nossa turma. Invariavelmente, a última. No entanto, dias atrás, nos reunimos e não eram nem 21h quando ela pegou sua bolsa e se despediu. Silêncio na sala. Está se sentindo mal? Não. Alguma coisa que dissemos te ofendeu? Não. Vai se encontrar com alguém? Não. Ela apenas sentiu vontade de voltar cedo pra casa em vez de, como de hábito, ficar para apagar a luz. Havia nascido assim, crescido assim, vivido assim, mas não precisava ser sempre assim.

    Depois que ela se foi, ficamos especulando sobre o que a teria feito ir embora, sem aceitarmos a explicação trivial que ela deu: vontade. Como vontade? Desde quando alguém faz algo diferente por simples vontade? Muito suspeito.

    É por causa dessa desconfiança que tanta gente se algema aos seus preconceitos, aos mesmos gostos que cultiva há 20 anos, às manias executadas no automático e a amores que nem lhes satisfazem mais, tudo para que os outros não questionem sua integridade, já que se estabeleceu que quem muda é frívolo.

    Se é isso mesmo, salve os frívolos. Só não muda quem não se relaciona com o mundo, não passou por nenhuma experiência amorosa, por nenhuma frustração. Só não muda quem não consegue racionalizar sobre o que acontece a sua volta, não se interessa pela condição humana, não é curioso a respeito de si mesmo, não se permite ser atingido pela arte e pelo pensamento filosófico, em suma, só não muda quem está morto.

    A vida não recompensa os amadores. No máximo, lhes dá uma vida tranquila, e isso nem sempre é uma graça divina. Gabriela era um personagem de ficção, e Caymmi um poeta enaltecendo a pureza humana, que merece mesmo ser enaltecida em prosa e verso. Mas a pureza não precisa se defender o tempo inteiro contra a mudança. Pode-se migrar da pureza para o experimentalismo, sem perdas.

    Minha amiga, naquela noite, dormiu cedo como há séculos não fazia, e eu, que costumo cabecear quando termina a novela, fui a última a sair, fiquei para apagar a luz. E ambas continuamos íntegras como sempre fomos.




Meu Ideal Seria Escrever...

Rubem Braga


    Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse -- "ai meu Deus, que história mais engraçada!". E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria -- "mas essa história é mesmo muito engraçada!".

    Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos.

    Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera a minha história chegasse -- e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário do distrito, depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aqueles pobres mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse -- "por favor, se comportem, que diabo! Eu não gosto de prender ninguém!" . E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história.

    E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês, em Chicago -- mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse: "Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou por acaso até nosso conhecimento; é divina".

    E quando todos me perguntassem -- "mas de onde é que você tirou essa história?" -- eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: "Ontem ouvi um sujeito contar uma história...".

    E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.

































5 comentários:

  1. Galerinha, esta anedota já foi aplicada até em entrevistas de emprego, vale a pena analisá-la com carinho. Fica a dica!

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  2. Achei muito interessante a anedota,realmente Marjorie, essa é uma das melhores partes do blog.

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Esse é o mural de sua escola. Utilize-o de maneira sadia. Procure usar uma linguagem adequada, com pontuação e ortografia corretas.